... da totalidade das coisas e dos seres, do total das coisas e dos seres, do que é objeto de todo o discurso, da totalidade das coisas concretas ou abstratas, sem faltar nenhuma, de todos os atributos e qualidades, de todas as pessoas, de todo mundo, do que é importante, do que é essencial, do que realmente conta...

Em associação com Casa Pyndahýba Editora
Ano III Número 39 - Março 2012

Poesia - Arnaldo Xavier


Os Orikais de Arnaldo Xavier

Arnaldo tinha um livro praticamente pronto para ser publicado, chamado Arma Zen, e que dedicaria a Paulo Leminski. Lendo o livro eu diria que a dedicação não seria necessária...

Um livro de orikais, como Arnaldo cosumava dizer. Uma mistura de orikí e haikais, Arma Zen era a segunda menina-dos-olhos de Arnaldo (a primeira era o inédito Hekatomblu, livro visual, provavelmente esquecido em alguma gaveta kafkiana), ao lado do já publicado Lud-Lud (Casa Pyndahýba Editora, 1997) que breve estará em TUDA!

Embora não sejam inéditos - já foram publicados no site da Casa Pyndahýba - os orikais de Arma Zen valem todas as penas deste mundo e de todos os outros, e merecem uma (re)leitura atenta e reflexiva. A série será composta de 12 edições de 4 orikais, revelam uma fase poético/literária em que Arnaldo buscava a concisão do texto, e este Arma Zen (juntamente com LudLud) é, de certa forma, o resultado desta busca.

Deleitem-se com mais esta faceta arnaldiana!

AXÉVIER!

1
A cavalo
cavá-lo
Cavahalo

2
Amá-la
jamais
domá-la

3
Nada
cabe
à solidão

4
Dia
agnóstico:
ateu lado

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